CONGRESSO NACIONAL

União Brasil inicia processo para expulsar Luciano Bivar do partido

A Executiva Nacional da sigla acatou a representação para afastar e expulsar o deputado. Antes de ser afastado, o atual presidente do partido tem 72 horas para apresentar defesa

Bivar tem 72 horas para apresentar defesa -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bivar tem 72 horas para apresentar defesa - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O União Brasil aprovou, em reunião na tarde desta quarta-feira (13/3), processo para expulsar o deputado federal Luciano Bivar (PE), atual presidente do partido. A Executiva Nacional da sigla acatou a representação e deu o prazo de 72 horas para que ele apresente defesa. O União tem até 60 dias para deliberar.

Luciano Bivar foi alvo de uma denúncia protocolada por parlamentares e governadores membros da sigla, após crise envolvendo a disputa entre o atual cacique do partido e Antonio Rueda pela presidência da legenda. Na representação, os signatários pedem o afastamento provisório de Bivar e a expulsão com desfiliação.

Pesam sobre o presidente do União acusações de ameaça contra Rueda, que foi eleito o novo chefe do partido, e de envolvimento no incêndio que atingiu duas casas da família do sucessor de Bivar, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.

Após a denúncia, a diretoria do partido se reuniu, na tarde desta quarta-feira (13/3), para decidir sobre o afastamento e expulsão com desfiliação de Bivar. A reunião foi conduzida por Rueda e, com 17 votos favoráveis e 15 abstenções, o processo foi iniciado. “Determino de imediato a notificação do representado, Luciano Bivar, para que, no prazo de 72h, preste os esclarecimentos necessários”, anunciou o recém-eleito presidente da sigla.

Depois que a defesa de Bivar apresentar os esclarecimentos, a Executiva do partido vai avaliar a manifestação e decidir se afasta temporariamente o deputado da presidência. Caso afastado, Rueda assume interinamente a presidência do União até o fim do mandato do deputado, que termina em 31 de maio.

A partir de junho, começa o mandato de Rueda, que foi eleito presidente do União na convenção realizada pelo partido em 28 de fevereiro.

Troca de acusações

Os Rueda acreditam que os incêndios foram um "atentado motivado por questões político-partidárias" e apontam Bivar como o principal suspeito. "Desde 26 de fevereiro, uma série de ameaças têm sido perpetradas por parte do deputado Luciano Bivar contra Antonio Rueda. Esse cenário de disputa inicial se dá em um contexto de disputa partidária. E, num primeiro momento, há a gravação que mostra que o deputado Bivar ameaça diretamente Antonio Rueda e seus familiares", afirmou o advogado de Rueda, Paulo Catta Preta.

Bivar, por sua vez, negou relação com os incêndios. "Tudo é ilação, é mais um factoide. O que tenho conhecimento é que eram duas casas antigas, que estavam com estruturas físicas comprometidas, e acho que caberia investigar se tinha seguro para esses danos e se houve incêndio", disse, em evento no Palácio do Planalto.

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postado em 13/03/2024 18:00 / atualizado em 13/03/2024 18:18
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