Congresso

Lira recebe Tarcísio e secretário de Segurança de SP para almoço

Guilherme Derrite (PL-SP) foi exonerado temporariamente do governo de São Paulo para relatar projeto de lei que extingue as saidinhas para presos em progressão de pena

Lira avaliou a conversa como
Lira avaliou a conversa como "proveitosa" em postagem no Instagram - (crédito: Reprodução/Instagram)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu para um almoço, nesta quarta-feira (13/3), com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Residência Oficial da Casa. Tarcísio estava acompanhado do deputado licenciado e secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite (PL).

Derrite foi momentaneamente exonerado para relatar o projeto de lei que extingue as saidinhas de detentos em datas comemorativas, medida que atualmente compõe a progressão de pena e busca a ressocialização do preso.

Avaliando a conversa como “proveitosa”, Lira usou o Instagram para comentar o encontro. “Tivemos a oportunidade de conversar sobre vários temas, como a proposta de ensino médio que está tramitando na Câmara dos Deputados, a renegociação da dívida dos estados e o projeto da ‘saidinha’, que está sendo novamente apreciada pela Casa, dentro de um contexto de projetos em torno da Segurança Pública como um todo”, escreveu o deputado.

Derrite foi responsável pela relatoria da matéria em 2022, ocasião em que o texto foi aprovado na Câmara. O Senado aprovou o projeto no fim de fevereiro, porém mudando alguns trechos. Assim, a proposta retornou à Casa Baixa. Porém, é dado como certo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará o texto.

Tarcísio e Derrite estão no centro das conversas sobre segurança pública, em razão da Operação Verão, que ocorre no litoral paulista anualmente e já soma pelo menos 39 mortes em abordagens policiais. Nos três anos anteriores, não foi registrado nenhum óbito. Na semana passada, o governador minimizou as denúncias de funcionários da Secretaria de Saúde do município de Santos, que apontaram que mortos estão sendo transportados como se vivos fossem para hospitais. Isso passaria a impressão de que, apesar dos confrontos, a PM presta atendimento aos suspeitos a fim de serem entregues à Justiça. Além de configurar fraude, tal procedimento atrapalha a perícia.

“Nossa política é profissional. A gente está fazendo o certo. Sinceramente, temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E, aí, o pessoal pode ir à ONU (Organização das Nações Unidas), pode ir à Liga da Justiça, ao raio que o parta, que não estou nem aí”, desafiou Tarcísio, em coletiva após o evento que marcou o Dia Internacional da Mulher.

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postado em 13/03/2024 15:59
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