O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira, a construção de 100 novos campi de Institutos Federais (IFs) em todos os estados e no Distrito Federal. O lançamento ocorreu em evento lotado no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, parlamentares e grupos de alunos de institutos.
Com as novas unidades, o Brasil terá 782 instituições, que oferecem desde ensino técnico até pós-graduações, especialmente para estudantes de baixa renda. Lula disse querer atingir a marca de mil até o fim do mandato.
No discurso, o presidente citou jogadores que atingiram a meta de mil gols, como Pelé e Túlio Maravilha. "Nossos mil gols vão ser construir mil Institutos Federais neste país", enfatizou. Atualmente, a rede atende 1,4 milhão de estudantes, e a expectativa do Planalto é de que a expansão crie 140 mil novas vagas.
Lula também destacou a importância da educação para dar oportunidades iguais às mulheres e voltou a rebater críticas sobre o gasto de seu governo. "Por isso eu proibi falar que dinheiro para a educação é gasto. Dinheiro para educação é o mais importante investimento que um país pode fazer", declarou.
Citando o programa Pé-de-Meia, lançado recentemente pelo Ministério da Educação, o chefe do Executivo pediu aos alunos presentes que não desistam da oportunidade de se educar. A iniciativa paga uma bolsa aos estudantes atrelada à conclusão do Ensino Médio.
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Ao todo, o investimento previsto para os IFs será de R$ 3,9 bilhões, oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além da construção de novos campi, os recursos serão usados para revitalizar unidades já existentes.
O Nordeste é a região que mais receberá os novos IFs, com 38 campi. O Sudeste fica em segundo lugar, com 27. Na sequência estão Sul (13), Norte (12) e Centro-Oeste (10). Já São Paulo é a unidade da Federação com mais municípios beneficiados: 12 cidades atendidas. No DF, serão instalados institutos no Sol Nascente e em Sobradinho. O custo estimado para cada novo campus é de R$ 25 milhões.
Também estavam presentes no anúncio o ministro da Educação, Camilo Santana; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; e o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
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