8 de janeiro

Defesa de réus do 8 de janeiro pede impedimento de Flávio Dino

Advogado que representa alguns dos réus, diz que ministro chefiava a pasta de justiça na época dos ataque aos Três Poderes e foi interlocutor entre Moraes e Lula

O pedido protocolado no domindo (10/3) cita uma entrevista concedida pelo ministro Alexandre de Moraes ao jornal 'O Globo' -  (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
O pedido protocolado no domindo (10/3) cita uma entrevista concedida pelo ministro Alexandre de Moraes ao jornal 'O Globo' - (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O advogado Ezequiel Sousa Silveira, que representa alguns dos réus do 8 de Janeiro, argumentou ao Supremo Tribunal Federal o suposto impedimento do ministro Flávio Dino, recém empossado, para julgar denunciados pela intentona golpista que devastou a Praça dos Três Poderes.

O defensor sustenta que Dino não pode ser julgador das ações do 8 de janeiro vez que "até pouco tempo, figurava como parte" dos mesmos, vez que era ministro da Justiça do governo Lula. Segundo Silveira, Dino era uma das principais figuras do governo e foi interlocutor entre o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido protocolado no domindo (10/3) cita uma entrevista concedida pelo ministro Alexandre de Moraes ao jornal O Globo. Nela, o relator das ações do 8 de janeiro no STF diz que, por intermédio de Dino, falou com o presidente Lula no dia 8 de janeiro.

Em caso da não declaração de impedimento por parte de Dino, Silveira pede a oitiva do ministro, da Procuradoria-Geral da República e de uma série de testemunhas, incluindo Lula e Moraes, para que ao final do processo, o STF declare que o magistrado recém-empossado não possa julgar os réus do 8 de janeiro.

A petição foi protocolada no bojo da ação penal aberta contra Cirne Renê Vetter, acusado de envolvimento com os atos golpistas. Ele responde ao processo em liberdade.

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postado em 11/03/2024 18:05 / atualizado em 11/03/2024 18:06
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