O tenente-coronel Mauro Cid presta depoimento à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (11), em Brasília. Ele chegou à sede da corporação por volta das 14h30 e a expectativa é de que dê mais detalhes sobre a trama golpista que tentou alterar o resultado das eleições de 2022. Ele será questionado sobre declarações que ele fez ano passado em acordo de delação premiada.
No curso das investigações, as equipes da Polícia Federal identificaram versões e informações divergentes entre os detalhes dados por Cid e por outras pessoas ouvidas no inquérito, seja como investigadas ou testemunhas. Ele será confrontado com a versão dada em depoimento pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.
No dia 22 do mês passado, os investigadores ouviram 23 pessoas, em Brasília, no Rio, em São Paulo, no Paraná, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo. Elas são acusadas de envolvimento com uma organização criminosa que teria sido montada para atacar as instituições.
No entanto, dos 23 convocados para depor, 16 deles ficaram em silêncio. Entre os que se recusaram a falar estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, que alega não ter tido acesso a todos os documentos do inquérito, o ex-ministro Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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Os ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Sério Nogueira e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, também optaram por não responder aos questionamentos que foram realizados. Como eles figuram como investigados, não são obrigados a falar.
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