Guerra no Oriente Médio

Israel transforma direito de defesa em "direito de vingança", diz Lula

O presidente se reuniu nesta quarta-feira (6/3) com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto

Com Lula, Sanchéz afirmou que o governo da Espanha também pede pelo fim do conflito e questionou as ações do governo de Israel -  (crédito: Victor Correia/CB/DA.Press)
Com Lula, Sanchéz afirmou que o governo da Espanha também pede pelo fim do conflito e questionou as ações do governo de Israel - (crédito: Victor Correia/CB/DA.Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (6/3) que o governo de Israel transformou o direito de defesa em “direito de vingança” após os ataques do grupo extremista Hamas. O petista também criticou a ajuda humanitária que vem sendo retida, como alimentos, e voltou a defender o fim do conflito e a criação de um Estado Palestino com assento na Organização das Nações Unidas.

O tema foi discutido em reunião entre Lula e o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, e comentado em declaração conjunta após o encontro, que ocorreu no Palácio do Planalto.

“O direito de defesa transformado em direito de vingança constitui, na prática, punição coletiva que mata indiscriminadamente mulheres e crianças”, disse o presidente ao ler sua declaração oficial. “É fundamental avançar rapidamente na criação de um Estado Palestino e reconhecê-lo como membro pleno da ONU, um Estado que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel”, emendou.

Após a declaração, Lula foi questionado por jornalistas sobre seu posicionamento contra a guerra na Faixa de Gaza. Ele frisou que o Brasil mantém o posicionamento contra o conflito no Oriente Médio, e também contra a guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Se alguém tinha dúvida, as últimas imagens do que aconteceu em Gaza mostram para que todos nós, seres humanos, não percamos o humanismo que ainda temos dentro de nós. Não sejamos algoritmos, sejamos seres humanos”, enfatizou o presidente. “Não é possível continuar essa matança sem que o Conselho de Segurança da ONU pare essa guerra e permita que chegue alimento, chegue remédio. Tem mais de 30 toneladas de alimentos estocadas lá e não consegue chegar”, acrescentou.

Sanchéz, por sua vez, afirmou que o governo da Espanha também pede pelo fim do conflito e questionou as ações do governo de Israel. “Eu tenho dúvidas se as ações do governo de Israel seguem as normas do direito internacional”, disse.

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 06/03/2024 14:30 / atualizado em 06/03/2024 14:30
x