O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quarta-feira (6/3), que Brasil e Espanha enfrentam extremismo, discurso de ódio e notícias falsas. Ele defendeu também que é preciso unir os democratas do mundo para combater esse discurso, e que os dois países vão cooperar para procurar soluções para combater a disseminação de notícias falsas.
Lula se reuniu nesta manhã com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto. Após o encontro, ambos deram uma declaração conjunta à imprensa.
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“É motivo de grande alegria receber o presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, e retribuir a calorosa acolhida que ele nos ofereceu na visita à Madri em abril do ano passado”, declarou Lula no início de seu discurso. A Espanha foi o primeiro país europeu que o mandatário brasileiro visitou em seu terceiro mandato. Lula citou ainda que seu governo e o espanhol têm uma série de similaridades.
“[Ambos] enfrentam extremismo, a negação da política e o discurso de ódio, alimentados por notícias falsas. Nossa experiência de enfrentamento da extrema-direita, que atua de forma coordenada em todo o mundo, nos ensina que é preciso unir todos os democratas”, afirmou ainda o presidente. Ele destacou que Brasil e Espanha enfrentaram recentemente episódios de racismo e xenofobia.
Lula, Sanchéz e autoridades dos dois governos assinaram, após o encontro, uma série de acordos de cooperação em áreas como as comunicações, ciência e saúde. Entre os temas discutidos no encontro estão também o acordo entre União Europeia e Mercosul e as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza.
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