FORÇAS ARMADAS

Depoimento de general que participou da reunião golpista durou 7 horas

Freire Gomes foi o último comandante do Exército do governo de Jair Bolsonaro e é apontado como testemunha importante na investigação da Polícia Federal

Gomes foi ouvido no processo que investiga a tentativa do grupo do ex-presidente em implantar um golpe de Estado no país, nas eleições de 2022 -  (crédito: Reprodução/Youtube)
Gomes foi ouvido no processo que investiga a tentativa do grupo do ex-presidente em implantar um golpe de Estado no país, nas eleições de 2022 - (crédito: Reprodução/Youtube)

O depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes à Polícia Federal, nesta sexta-feira (1°/3), durou cerca de sete horas. Iniciou às 15h e se encerrou às 22h. O militar depôs na condição de testemunha, o que o obriga a assinar termo de compromisso em falar a verdade. O oficial foi comandante do Exército no final do governo de Jair Bolsonaro.

Gomes foi ouvido no processo que investiga a tentativa do grupo do ex-presidente em implantar um golpe de Estado no país, nas eleições de 2022.

Os esclarecimentos dele são tidos como importante para a apuração. O general teria se recusado a apoiar a iniciativa de confrontar a democracia e implementar um regime ditatorial no país, para evitar o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

A resistência a essa tentativa de golpe irritou o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro. Braga Netto se referiu a Gomes como um "cagão", em dezembro de 2022, segundo mensagens obtidas pela PF.

O ex-comandante do Exército, por outro lado, aponta a apuração, teria se reunido com Bolsonaro e discutido sobre a minuta do golpe, que seria um decreto de estado de sítio no país.

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postado em 01/03/2024 22:57 / atualizado em 01/03/2024 22:57
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