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Lula pede moção da Celac contra "genocídio" na Faixa de Gaza

O presidente brasileiro pediu fim à "carnificina" na Faixa de Gaza após ataque de Israel a comboio humanitário; disparos mataram mais de 100 civis

Lula em cerimônia de abertura da 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos (Celac)
 
 -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
Lula em cerimônia de abertura da 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos (Celac) - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira (1º/3) que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) prepare uma moção pelo fim do "genocídio" na Faixa de Gaza. A fala ocorre logo após a divulgação de uma nota do Itamaraty condenando o massacre a civis em uma fila para ajuda humanitária.

O petista discursou durante abertura da Cúpula da Celac, que acontece em São Vicente e Granadinas. Em sua fala, o presidente citou o ataque a civis e classificou como "chocante" a indiferença da comunidade internacional.

"A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante", declarou o brasileiro.

Ontem (29/2), as forças de Israel abriram fogo contra uma multidão de civis que se aglomeraram ao redor de um comboio humanitário, em busca de comida. Mais de 100 palestinos morreram e outros 750 ficaram feridos.

Apelo às Nações Unidas

"Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas], meu companheiro António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio", enfatizou Lula, pedindo que o governo do Japão, que assume a presidência do Conselho de Segurança da ONU, dê urgência ao tema.

"As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo. Eu quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo", declarou o presidente.

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postado em 01/03/2024 15:25 / atualizado em 01/03/2024 15:25
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