A maioria do eleitorado considera justa as investigações contra o Jair Bolsonaro (PL). De acordo com levantamento feito pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (28/2), 53% dos ouvidos consideram que as investigações da Polícia Federal não tornam o ex-presidente uma "vítima de perseguição política". 39% dos ouvidos julgam o contrário.
Dos entrevistados, 51% também acreditam que a Justiça acertou na decisão de tornar Bolsonaro inelegível. Outros 40% opinaram que não e 10% não responderam ou não souberam opinar.
A pesquisa ouviu presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais e as entrevistas ocorreram com 2 mil pessoas, presencialmente, entre 25 e 27 de fevereiro.
O levantamento questionou os entrevistados sobre o ato em apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25/2). Para 50% dos entrevistados, Bolsonaro saiu mais forte do ato. Outros 26% afirmaram que o ex-presidente saiu mais fraco e 14% não responderam ou não souberam opinar.
Em outra frente da pesquisa, para 47% dos ouvidos, o ex-presidente participou de um plano de golpe. Já outros 40% não acreditam no envolvimento do capitão reformado no atentado contra a democracia.
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Apesar da demonstração de força política, para 48%, o ato do dia 25 não terá influência sobre o ritmo das investigações da Polícia Federal em curso sobre as ações que culminaram no vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023, contra 34% que acreditam que o ritmo será acelerado. Perguntados sobre o tamanho da manifestação, a maioria (68%) a consideraram grande.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), a manifestação reuniu, aproximadamente, 750 mil pessoas. Já um grupo de pesquisa da USP apontou presença de 185 mil pessoas.
"A manifestação de domingo cumpriu seu principal papel: criar a foto que confirma a força eleitoral de Bolsonaro, o que as pesquisas da Quaest vem mostrando desde o fim da última eleição. Mas não foi capaz de produzir um efeito de opinião para salvar Bolsonaro da justiça", disse ao Correio, o cientista político e diretor da Quaest consultoria, Felipe Nunes.
A pesquisa mostra ainda que, para 50% dos entrevistados, seria justo prender Jair Bolsonaro, enquanto para 39% isso seria injusto. Bolsonaro é investigado no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado. Parte da investigação é embasada no vídeo de uma reunião ministerial ocorrida em 5 de julho de 2022 e em documentos de uma minuta golpista encontrados em operações deflagradas pela PF.
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