O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), arrancou risos dos presentes na abertura do seminário "Pacto pelo Rio", promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ao cumprimentar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros dois parlamentares do Progressistas, na expectativa de convencer a legenda a apoiar sua candidatura à reeleição este ano.
“Queria fazer uma saudação aos diversos parlamentares aqui presentes na figura do presidente Arthur Lira (PP-AL), do deputado Luizinho (PP-RJ) e do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), e esse cumprimento a esses três deputados não é só pelo carinho que tenho por eles, mas também pelo desejo que eu tenho de ter o PP me apoiando na eleição deste ano, é por interesse também”, brincou na manhã desta sexta-feira (22/2)..
Em seguida, Paes chamou o presidente da Câmara, tornando pública a conversa que tinha tido anteriormente com ele. “Lira, se alguém tinha dúvida do que eu estava tratando com você na hora em que eu fofoquei com você e com o Cláudio Castro, agora já sabe”, disse o prefeito, antes de ser interrompido pelo governador do Rio: “Eu estava só testemunhando”.
Lira, por sua vez, negou, depois do painel em que participava com o prefeito, que tenha qualquer acerto com Paes para a disputa municipal. “Não teve nenhum acordo. O pedido de apoio é claro, Eduardo é próximo ao nosso presidente Ciro e a Luizinho”, apontou.
Apesar da declaração de Lira, na semana anterior o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI), deixou a possibilidade em aberto, mas ponderou que o alinhamento de Paes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode dificultar a aliança, já que Ciro vem assumindo uma postura oposicionista ao governo — apesar do PP participar do governo petista.
Eduardo Paes deve disputar a reeleição para a capital fluminense e busca compor uma grande frente, que já conta com o apoio do presidente Lula. Dá-se como provável que o PT do Rio possa indicar o vice na chapa. O apoio do PP, que fez parte da composição do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pode deixar o partido mais próximo do governo Lula, mesmo integrando hoje o governo estadual fluminense do bolsonarista Cláudio Castro.
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