São Paulo

Tarcísio confirma presença em ato de Bolsonaro: 'Ao lado dele como sempre estive'

O governador de SP tem sido cobrado a fazer acenos públicos ao ex-presidente e foi criticado por bolsonaristas por conta das últimas interações amistosas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (14/2) que comparecerá ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, no próximo dia 25, em São Paulo.

"Essa será uma manifestação pacífica de apoio ao [ex-] presidente, e eu vou estar ao lado do presidente Bolsonaro, como sempre estive", disse Tarcísio à CNN.

O governador de SP tem sido cobrado a fazer acenos públicos ao ex-presidente e foi criticado por bolsonaristas por conta das últimas interações amistosas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em evento em Santos.

Mesmo pressionado após a operação da Polícia Federal (PF), Bolsonaro tem investido na estratégia de mobilização da militância e de politização, dando ao caso ares de perseguição política por parte de adversários. No último dia 12, o ex-líder do Executivo publicou um vídeo convocando apoiadores para um "ato pacífico em defesa do Estado Democrático de Direito". Segundo o chefe do Executivo, a manifestação ocorrerá no próximo dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo, às 15h.

Bolsonaro pediu aos militantes que compareçam trajando verde e amarelo, mas sem "qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja". A fala é uma forma de se proteger caso os apoiadores apareçam com pedidos como intervenção federal ou de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dizeres comuns em manifestações bolsonaristas pelo país. Ele alegou que, na ocasião, se defenderá de todas as acusações que têm sido imputadas a ele nos últimos meses. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, deverá puxar o trio elétrico da manifestação.

O chamado de Bolsonaro ocorreu dias após a operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8 pela Polícia Federal e a retirada de sigilo por parte do ministro Alexandre de Moraes do vídeo da reunião ocorrida em julho de 2022. A íntegra da imagem mostra a reunião do então presidente e membros da alta cúpula de seu governo. O momento está sendo investigado pela Polícia Federal como parte do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, após as eleições de 2022.

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