Articulação

Decisão sobre saída do PSB de blocão de Lira fica para depois do carnaval

O novo líder do partido na Câmara, Gervásio Maia (PB), se reuniu, nesta quarta-feira (7/2), com a petista Gleisi Hoffman (PR), que busca turbinar bloco governista

A decisão final do PSB sobre a saída do bloco de Arthur Lira (PP-AL), o maior da Câmara, com 173 deputados e nove siglas, dentre elas o União Brasil e o próprio PP, ficará para depois do carnaval. A legenda teria encaminhado a Lira o ofício, datado de 1º de fevereiro, com o comunicado na semana passada. O partido, no entanto, está rachado pela decisão e baterá o martelo após o feriado.

Nesta quarta-feira (7/2), o novo líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia (PB), se reuniu com a parlamentar e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que tenta trazer o partido para a federação Brasil da Esperança (composto pelos petistas, pelo PV e PCdo B), que conta com 81 deputados. Caso o PSB integrasse o bloco, este passaria de 81 cadeiras para 95, apenas uma a menos que a bancada do PL.

“Estamos estudando as possibilidades, tem muitos pensamentos diferentes”, disse Felipe Carreras (PE), líder da sigla em 2023 e aliado de Lira. Segundo o deputado, os parlamentares da bancada vêm reclamando de pouco protagonismo no exercício legislativo.

A reunião ocorreu na sede do PSB com o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, e abordou, ainda, "estratégias e alinhamentos para as próximas eleições municipais". Também estiveram presentes no encontro o vice-líder do governo Lula no Congresso, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), bem como os parlamentares Lídice da Mata (PSB-BA) e Pedro Campos (PSB-PE).

O Correio apurou que o partido, que sempre foi aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu deixar o bloco por restrições ao comportamento de Lira, que vive um momento de tensão com o Palácio do Planalto. O PSB é o partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Dez dos 14 deputados da bancada assinaram o ofício de desligamento do bloco. Um desses signatários, o deputado Duarte Júnior (PSB-MA), disse à reportagem que o PSB é uma legenda com "história na luta pelos direitos sociais e fundamentais" e que a permanência no bloco poderia "tirar o protagonismo dessas pautas".

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