8 DE JANEIRO

Perfis dos EUA incentivaram ataques do 8 de janeiro, diz pesquisa

Pesquisadores notaram que o perfil com maior engajamento nos movimentos estava em Orlando no 8 de janeiro

Uma pesquisa realizada pela Universidade do Sul da Flórida (USF) sobre o 8 de janeiro mostra que parte das publicações feitas em redes sociais antes e durante os ataques criminosos no Brasil veio de usuários registrados nos Estados Unidos.

O autor da pesquisa, Joshua Scacco, chefe do Project for Sustainable Democracy and the Big Data Analytics Lab (Projeto para a Democracia Sustentável e Laboratório de Análise de Dados) da universidade, explica que as contas baseadas nos Estados Unidos desempenharam papel relevante na divulgação e amplificação das mensagens, e que podem até liderar o número de publicações.

Os pesquisadores utilizaram uma tecnologia de Inteligência Artificial conhecida como Botomer, que detecta o uso de robôs, para avaliar somente usuários reais. A pesquisa indicou que a conta com maior relevância — ou seja, a que mais influenciou outros usuários da rede social —– foi um perfil localizado em Orlando, na Flórida.

Dos 10 perfis que tiveram mais influência em “espalhar” a mensagem no Twitter, três estavam nos Estados Unidos – em Orlando, New Jersey e na Califórnia. Os demais eram brasileiros.

O levantamento filtrou postagens no Twitter que utilizaram expressões como “Brazilian Spring” e “Festa da Selma”, marcadas por organizadores para identificar os protestos.

A análise mostra ainda a presença crescente das três hashtags pesquisadas nos dias que antecederam o 8 de Janeiro, nos EUA e no Brasil. Nesse período, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava hospedado em um condomínio em Orlando.

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