O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (27/2), para prestar depoimento sobre uma suposta importunação intencional a uma baleia em São Sebastião, no litoral norte paulista, no ano passado. A ação é no âmbito do inquérito que apura eventual crime ambiental.
A Polícia Federal investiga se foi violada a lei que proíbe a pesca ou o "molestamento intencional" de baleias. Em vídeos compartilhados pelas redes sociais, Bolsonaro aparece com uma moto aquática com motor ligado próximo ao mamífero. O inquérito afirma que o condutor da moto aquática aparece em uma distância inadequada (15 metros).
Em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo de acompanhamento das investigações da PF. Fabio Wajngarten, que atualmente é advogado de Bolsonaro, também foi chamado por conta de informações que apontam que ele estava presente no momento em que a situação ocorreu.
Segundo a portaria nº 117/96 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é proibido que embarcações aproximem-se de qualquer espécie de baleia com o motor ligado a menos de 100 metros de distância. O texto também veda o ato de religar o motor antes de avistar claramente as baleias na superfície ou a uma distância de no mínimo 50 metros da embarcação.
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