O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (21/2). Por meio das redes sociais, o chanceler publicou um vídeo com o depoimento de Rafaela Treistman, 20 anos, uma sobrevivente do massacre cometido pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro, e indicou que o petista deveria ouvi-lo.
"Presidente Lula, após a sua comparação entre a nossa guerra justa contra o Hamas e os atos desumanos de Hitler e dos nazistas, a Rafaela tem uma mensagem que o senhor deveria ouvir", escreveu Israel Katz no X (antigo Twitter). Assim como nos dias anteriores, o ministro marcou o perfil de Lula na publicação.
A brasileira Rafaela Triestman estava no festival de música Nova quando terroristas do Hamas atacaram Israel, em 7 de outubro.
— ” Israel Katz (@Israel_katz) February 21, 2024
Rafaela sobreviveu, mas seu namorado Ranani Glazer foi brutalmente assassinado por terroristas do Hamas, juntamente com vários dos seus amigos.… pic.twitter.com/pbUIYbO5hk
“Me entristece saber que o pais onde nasci, que chamo de casa se encontra nessa situação, onde o governo compara as atitudes de Israel com o holocausto”, diz Rafaela na gravação.
Na data citada, o Hamas atacou Israel de surpresa, deixando mais de 900 mortos no país. O namorado de Rafaela, Ranani Glazer, 23 anos, morreu quando a festa em que estavam, a poucos metros da Faixa de Gaza, foi atacada.
Na segunda (19), o chanceler declarou Lula como "persona non grata" em Israel. Ontem, Katz, voltou a exigir um pedido de desculpas do presidente Lula pela fala comparando as ações de Israel na Faixa de Gaza à Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
"Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?", escreveu Katz, em português, nas redes, marcando Lula.
Para o chanceler israelense, a comparação feita pelo presidente brasileiro é "promíscua" e "delirante", e uma "vergonha para o Brasil". Katz disse ainda que não é tarde para Lula pedir desculpas e reiterou que, até lá, o presidente brasileiro continua sendo persona non grata em Israel.
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