O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, recusou as tradicionais comemorações oferecidas pelas maiores associações de magistrados do País após a posse na Corte na quinta-feira (22/1). O ex-ministro da Justiça e atual senador participará de uma missa de ação de graças na Catedral de Brasília logo depois da cerimônia.
As ofertas para a organização do evento, que poderia ser um jantar ou um coquetel, foram feitas pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidades associativas que tradicionalmente alugam espaço e contratam serviços para as festividades de posse de novos ministros. Esse tipo de celebração sempre ocorre por adesão, ou seja, são vendidos ingressos e cada participante paga pela entrada para custeá-lo, ficando a cargo das associações somente a organização.
O Estadão apurou que Dino não deu nenhum motivo específico para a recusa. Não é novidade que um ministro opte por não fazer uma festividade após a posse. A escolha por uma cerimônia com jantar e convidados ou outro tipo de celebração menor e mais intimista é de cada magistrado.
Último a tomar posse no STF, Cristiano Zanin comemorou o novo cargo com uma cerimônia organizada pela AMB com ingressos que custaram entre R$ 500 e R$ 900. Antes dele, o ministro André Mendonça, assim como Dino, não teve festa, e sim uma celebração religiosa. O culto de ação de graças em homenagem a ele ocorreu na Catedral da Baleia, sede da Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Brasília, e contou com a presença do então presidente e responsável por sua nomeação, Jair Bolsonaro (PL).
A missa após a posse de Flávio Dino será celebrada por Dom Paulo Cezar Costa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em Brasília, e está marcada para as 19h, no mesmo dia da sessão solene.
A Arquidiocese de Brasília informou ao Estadão que o pedido foi feito pelo próprio Dino, que conversou com Dom Paulo propondo a celebração. Apesar de envolver a posse de um ministro, a missa seguirá os mesmos ritos tradicionais da Igreja Católica e deverá durar pouco mais de 1h. É possível que o líder religioso chame Dino para um discurso, mas não há cronograma definido além do tradicional.
A sessão de posse no STF será iniciada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, e não há previsão de discursos. Pela tradição, o novo ministro é conduzido ao plenário pelos magistrados que estão há mais e menos tempo no Supremo, hoje Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, respectivamente. A solenidade está marcada para as 16h.
Dino fará o juramento de cumprir a Constituição e também assinará o termo de posse. Em seguida, receberá cumprimentos dos presentes no Salão Branco, que fica atrás do plenário.
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