O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na manhã desta segunda-feira (19/2) com ministros e assessores no Palácio da Alvorada para tratar a crise diplomática com Israel. O encontro foi convocado após a declaração do ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, de que Lula é persona non grata no país até se retratar da comparação que fez entre as ações de Israel e o Holocausto.
Entre os presentes estão o assessor especial da Presidência Celso Amorim, que auxilia Lula em temas da diplomacia, e o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Paulo Pimenta. Amorim criticou publicamente as ações de Israel e chegou a dizer, em entrevista à CNN, que Lula não vai se retratar.
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Ontem (18), em coletiva de imprensa em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula comparou as mortes na Faixa de Gaza com as mortes de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A declaração gerou forte reação no governo israelense.
Reação de Israel dificulta retratação
O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, disse que Lula "cruzou a linha vermelha" e que seu país convocaria o embaixador brasileiro em Tel Aviv para uma "repreensão". Israel também quebrou o protocolo diplomático ao marcar o encontro no Museu do Holocausto, quando normalmente é feito no Ministério das Relações Internacionais.
Nos bastidores, embora interlocutores do presidente admitam que a fala foi um erro, a reação de Israel foi considerada um exagero e diminui as chances de uma retratação.
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