O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar, nesta quinta-feira (15/2), as ações de Israel na guerra contra o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza. Após reunião com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, o petista fez declarações à imprensa e disse que não há explicação para Israel "estar matando mulheres e crianças".
O chefe do Executivo afirmou que Israel ignora as determinações da Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu cessar-fogo imediato na região. Lula também agradeceu o presidente egípcio pela ajuda na retirada de brasileiros da Faixa de Gaza.
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"Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças. Coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento", declarou o presidente brasileiro, ao lado de Al-Sisi. "A única coisa que se pode fazer é pedir paz por meio da imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas", acrescentou.
Lula esteve reunido hoje com o presidente egípcio para tratar da relação bilateral entre os dois países, incluindo relações comerciais, e a assinatura de tratados de cooperação. Outro tema essencial das conversas, porém, foi a guerra no Oriente Médio. Cairo, a capital do Egito, sedia nos últimos dias negociações para um cessar-fogo no Oriente Médio.
"Não haverá paz sem Estado Palestino"
Em seu discurso, Lula destacou que o Brasil sempre condenou o Hamas como um grupo terrorista, e defendeu, além do cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns capturados durante a guerra. O presidente também reforçou a posição do Brasil contra o deslocamento forçado de civis dentro de Gaza, com o iminente ataque terrestre anunciado pelas forças israelenses em Rafah, na fronteira com o Egito, último refúgio dos civis na Palestina.
"De qualquer ângulo que se olhe, a escala da violência cometida contra os dois milhões de palestinos em Gaza não encontra justificativa, frisou o presidente Lula. "Não haverá paz sem um Estado palestino, convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas", emendou.
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