O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, passou por uma audiência de custódia, nesta sexta-feira (9/2) e continua preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Valdemar foi preso em flagrante nesta quinta-feira (8) depois que a PF encontrou, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, um revólver e uma pepita de ouro em sua posse.
A pepita de ouro, pesando 39 gramas, foi encontrada na casa de Valdemar sem qualquer documento de origem, o revólver que teve um registro pelo filho do político estava vencido, o que acarretou a prisão em flagrante por crime inafiançável.
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Qualquer preso deve passar pela audiência de custódia em até 24 horas após efetivada a prisão, o procedimento não analisa o mérito, apenas se o procedimento foi realizado dentro da legalidade confirmando que nenhum dos direitos do detido foi agredido.
A operação Tempus Veritatis ("hora da verdade", em latim) da PF, tinha contra Valdemar apenas o mandado de busca e apreensão, que se transformou em uma prisão em flagrante pela identificação dos objetos ilegais em sua posse.
O procedimento realizado na residência do político buscava apurar se Valdemar, indicado nas investigações da PF como fiador do questionamento do resultado eleitoral pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mantinha documentos que confirmassem as investigações que apontam para a articulação de um golpe de estado com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.
Além de Valdemar, os outros três presos na operação da PF, Felipe Martins, que era assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército, e Rafael Martins, tenente-coronel do Exército, também passaram pela audiência de custódia e seguem presos.
Marcelo Câmara e Valdemar, que estão detidos na sede da PF em Brasília foram ouvidos pelo juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), e Rafael Martins, que está detido no Comando da Artilharia Divisionária da Divisão do Exército, em Goiás e Felipe Martins, que está preso na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, foram ouvidos por videoconferência.
Procurado pelo Correio, o advogado de Valdemar, Marcelo Bessa, disse que não iria se pronunciar.
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