O general Braga Netto, investigado nessa operação da Polícia Federal, demonstrou muita irritação com oficiais das Forças Armadas que se recusaram a participar de uma ação golpista. Na investigação, a PF detectou mensagens nas quais o ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro faz referências indecorosas sobre os comandantes do Exército e da Aeronáutica.
Braga Netto, segundo a apuração, se referiu ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, como um "cagão" por se recusar a aderir a um possível golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas captações da investigação, o general ainda atacou o comandante da Aeronáutica à época, Carlos de Almeida Baptista Júnior. Braga Netto chamou o brigadeiro de "traidor da pátria".
Numa troca de mensagens entre Braga Netto e Ailton Gonçalves Barros, capitão expulso do Exército por ter articulado o golpe, o general enviou um conteúdo contra Freire Gomes: "Vamos oferecer a cabeça dele aos leões".
Em resposta, Ailton sugere continuar a pressionar o general Freire Gomes e, caso insistisse em não aderir ao golpe de Estado, afirma: "Vamos oferecer a cabeça dele aos leões". Na sequência, segundo o documento da PF, o investigado Braga Netto concorda e dá a ordem: "Oferece a cabeça dele. Cagão".
Em 15 de dezembro de 2022, Braga Netto envia mensagem a Gonçalves Barros "orientando-o a atacar o brigadeiro Baptista Júnior a quem adejtivou de 'traidor da Pátria', e elogiar o almirante Almir Garnier Santos (ex-comandante da Aeronáutica)".
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