Após o resultado das eleições de 2022, assessores próximos do então presidente Jair Bolsonaro (PL) teriam criado uma espécie de núcleo de inteligência para monitorar a agenda, deslocamento aéreo e localização de diversas autoridades.
As informações constam em na decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a Operação Tempus Veritatis da PF, realizada na manhã desta quinta-feira (8/2), como parte da investigação contra a organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
- PF faz operação contra militares e aliados de Bolsonaro por tentativa de golpe
- Bolsonaro também é alvo de operação da PF e está proibido de sair do país
- Lula comenta operação e associa Bolsonaro a ataques do 8/1
"Um grupo de pessoas é apontado corno responsável pelo constante assessoramento jurídico e pela elaboração de minutas de decretos, com os fins de consumar um golpe de Estado e de subverter a ordem democrática", diz um trecho do documento, obtido pelo Correio.
- Presidente do PL, Valdemar Costa Neto é preso em flagrante pela PF
- Investigados monitoraram agenda de Moraes para tentar prendê-lo
O documento afirma que o ministro Alexandre de Moraes foi um dos investigados.
"A Polícia Federal identificou que o grupo investigado acompanhou e monitorou o Ministro ALEXANDRE DE MORAES para dar cumprimento a uma pretendida ordem de prisão, caso se consumasse o Golpe de Estado, visando restringir a atuação do Poder judiciário, por meio do cerceamento da liberdade do Presidente da Corte Eleitoral e Ministro do STF", diz um trecho do documento.
O plano de monitoramento teria sido iniciado após o segundo turno das eleições, com o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br