O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reúne, nesta quarta-feira (31/1), com o líder da oposição na Casa, Rogério Marinho (PL-RN), que cobra uma posição em relação às operações da Polícia Federal (PF) que tiveram como alvo os gabinetes dos deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ).
Participam do encontro os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Izalci Lucas (PSDB-DF), Tereza Cristina (PP-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ) e Márcio Bittar (União-AC).
Pelo X (antigo Twitter), Girão afirmou que os parlamentares cobram “um posicionamento mais forte do Senado enquanto é tempo”. “Nós estamos vendo um caos institucional acontecendo no Brasil. Não tem Constituição respeitada e a gente começa a perceber algo muito preocupante que é perseguição política.”
“Vamos buscar uma solução efetiva e firme do presidente desta Casa, porque só o Senado pode se posicionar contra abusos que estão acontecendo, especialmente de quem manda no Brasil hoje, que é o STF (Supremo Tribunal Federal). Aliás, já vinha mandando há muito tempo. Desde que eu cheguei aqui, em 2019, é quem dá as cartas. E agora a situação ficou pior, porque com o governo Lula existe um alinhamento político-ideológico com o STF e isso está jogando o restinho da nossa democracia na lata do lixo”, acusou ele.
A ideia seria apresentar a Pacheco propostas que marquem uma posição em relação ao Supremo, realçando as prerrogativas do exercício parlamentar. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixe o mandato de ministros da Corte e do fim da reeleição para chefes do Executivo estariam entre algumas das sugestões dos líderes de oposição.
O líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy, é investigado por supostamente ter participado da organização dos bloqueios nas estradas feita pelos caminhoneiros, após o segundo turno das eleições de 2022. Ramagem, por sua vez, foi alvo da Operação Vigilância Aproximada na última quinta-feira (25), que apura suspeitos de espionar autoridades por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quando o deputado era diretor-geral do órgão.
O vereador e filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em um desdobramento da operação, também teve mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF em seus endereços.
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