Um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (29/1), contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é na casa de Angra Reis, usada pela família do ex-presidente Jair Bolsonaro para gravar uma transmissão ao vivo no domingo (28/1). As informações são do jornal O Globo.
Carlos é alvo da nova fase da operação da Polícia Federal que investiga o monitoramento ilegal de autoridades públicas e outros cidadãos por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O objetivo da investigação é identificar destinatários e beneficiários das informações obtidas pelo uso indevido da agência.
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De acordo com a PF, a operação "busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas".
Ao todo, nove mandados de busca e apreensão são cumpridos: um em Angra dos Reis (RJ), cinco no Rio de Janeiro (RJ), um em Brasília (DF), um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).
Na live de domingo, feita ao lado dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo, Jair Bolsonaro negou a existência de uma "Abin paralela" durante seu governo e afirmou que trata-se de uma acusação mentirosa. Na quinta-feira (25/1), a Polícia Federal deflagrou operação para investigar possível organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que era diretor da Abin no governo Bolsonaro, foi um dos alvos. Ramagem e Carlos são próximos um do outro, inclusive o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá coordenar a campanha eleitoral de Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro neste ano.
Segundo a PF, um dos motivos da instrumentalização da Abin era beneficiar a família Bolsonaro e aliados do ex-presidente, além de criar falsas narrativas que seriam usadas contra políticos e integrantes da mais alta Corte do país, pois um dos objetivos era tentar ligar os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
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