O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está no caminho de realizar eleições livres e justas no país sul-americano. O elogio é referente ao plesbicito realizado na Venezuela, em dezembro de 2023, sobre a anexação de Essequibo, que contou com voto impresso. A declaração ocorreu durante uma live, no início da noite deste domingo (28/1), onde Bolsonaro e os três filhos parlamentares convocaram a militância bolsonarista para apoiar os candidatos alinhados ao PL durante o pleito municipal.
Para Bolsonaro, o país vizinho deu o primeiro passo para uma eleição limpa ao realizar um plebiscito promovido pelo governo de Nicolás Maduro para anexar o território de Essequibo, que atualmente faz parte do território da Guiana, mas está em disputa pelos dois países há mais de 100 anos.
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“A oposição e Nicolás Maduro resolveram trabalhar junto para que as sanções americanas fossem amenizadas em troca de eleições livres e justas na Venezuela. Uma parte disso, já foi posto em prática, foi nesse plebiscito que nós vimos há poucas semanas, teve a iniciativa do presidente Maduro. Nesse plebiscito teve o voto impresso ao lado da urna eletrônica”.
O ex-presidente voltou a atacar, indiretamente, o sistema de votação eletrônico brasileiro, elogiando a utilização do voto impresso pelo governo do ditador venezuelano.
“No vídeo que disponibilizaram o Maduro foi votar, eram cinco votos e ele falava uma coisa e apertava um botão, e aí ele apertava um outro botão e imprimia o voto. Ele pegou aquele voto e ao se dirigir para a urna ele falou, ‘aqui tem o voto eletrônico, mas tem o papel também, diferente de outros países’, sem citar que país é esse e pôs o voto na urna. Ou seja, ele começou a dar demonstração, atendendo a oposição, de eleições justas. Claro que para nós falta ainda a contagem pública dos votos”, disse Bolsonaro.
Após elogiar a condução do plebiscito que colocou todo o subcontinente em estado de alerta em função de um risco de conflito entre os dois países vizinhos do Brasil, Bolsonaro criticou a decisão judicial venezuelana que tornou inelegível o principal líder da oposição no país. “Na Venezuela eleições limpas, ninguém discute, mas sem oposição, Corina (María Corina Machado) inelegível por 15 anos e o Capriles (Henrique Capriles Radonski) 15 anos também”, disse Bolsonaro.
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