O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Vale, nesta quinta-feira (25/1). Por meio das redes sociais, o chefe do Executivo chamou de crime a ruptura da barragem da mineradora em Brumadinho (MG) e disse que a empresa "nada fez" para reparar a destruição.
"Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana", escreveu.
- Cinco anos depois, Brumadinho sente os efeitos do rompimento de barragem
- Esplanada amanhece com 272 cruzes em memória às vítimas em Brumadinho
O forte posicionamento de Lula ocorre em meio a pressão que tem feito para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na empresa. A reunião para decisão do Conselho ocorrerá no próximo dia 31. O salário para o cargo é de R$ 4,9 milhões.
Por meio das redes sociais, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a indicação de Mantega para o Conselho de Administração da Vale. Ela alegou que ele é qualificado para o cargo e já provou inocência.
"Pouquíssimos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para compor o Conselho da Vale, uma empresa estratégica para o país e na qual o governo tem participação e responsabilidades, mesmo depois de sua privatização danosa ao patrimônio público. É qualificado para esta ou qualquer outra missão importante, que exija capacidade e compromisso com o país. Guido Mantega foi alvo de mentiras e acusações falsas do lavajatismo. Provou sua inocência, foi absolvido de tudo, mas nada vai reparar seu sofrimento pessoal nesses anos de perseguição", pontuou.
Ela também citou números enquanto o ministro estava à frente da pasta da Economia, como crescimento do PIB e inflação controlada.
Nesta quinta-feira (25/1), o gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi preenchido com 272 cruzes em memória às vítimas do rompimento da barragem da empresa Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia completou exatos cinco anos.
O Correio entrou em contato com a Vale e questionou a empresa sobre a declaração de Lula, mas não recebeu resposta até a última atualização da reportagem. O espaço segue em aberto para futuras manifestações.
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