Governo

Dino: passagem de Cappelli no Ministério da Justiça 'está concluída'

Atual gestor da pasta afirmou que o secretário-executivo "em breve estará trabalhando em outro lugar". Ele ressaltou, ainda, a autonomia do recém-nomeado Ricardo Lewandowski para definir equipe

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ter certeza, que, "em breve", o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, "estará trabalhando em outro lugar". As declarações de Dino acabam com rumores sobre o destino de Cappelli, que poderia prosseguir no órgão.

As declarações de Dino ocorreram após uma reunião entre ele e o futuro ministro, Ricardo Lewandowski, na sede do ministério, em Brasília, na tarde desta terça-feira (23). De acordo com Dino, a situação de Cappelli não foi pauta do encontro. Dino disse que não fez nenhuma indicação para composição da nova equipe.

"Não foi um assunto tratado. Ele (Lewandowski) tem autonomia para tratar de sua equipe. Tenho certeza que em breve ele (Cappelli) estará trabalhando em outro lugar. Creio que a passagem dele aqui no Ministério da Justiça está concluída. Ele é um secretário-executivo de altíssima eficiência. 99% do nosso orçamento foi executado. Ele prestou grande serviços a mim e ao país. Ele já exerceu vários cargos e em breve estará exercendo em outro lugar", disse Dino.

Crise energética

De acordo com Flávio Dino, na reunião das equipes, foram discutidas questões de programas em andamento e problemas nacionais, como combate a facções criminosas, desmatamento na Amazônia e o que ele chamou de "crise energética", com apagões de energia em regiões onde a distribuição de eletricidade foi privatizada, como em São Paulo, no Rio de Janeiro, Brasília e Rio Grande do Sul.

"Alguns aspectos foram enfatizados. Os temas das plataformas digitais. Um novo tema referente a crise de energia elétrica do país. Cada secretário expressou determinados temas. A Polícia Federal falou sobre a atuação na Amazônia, que é uma preocupação. Foi revelado agora, a redução do desmatamento", disse Dino.

O ministro destacou o problema das facções criminosas e disse que até pouco tempo havia uma visão de que essa situação deveria ser resolvida pelos estados.

"O Brasil nunca teve, a rigor, uma política nacional de segurança pública, pois prevaleceu a visão que é uma questão dos estados. Mas isso mudou com a nacionalização de facções criminosas como o PCC e o CV, que eram facções locais. Essa política nacional foi criada a partir de uma lei em 2018. O problema do país não é a existência ou não de uma política nacional. Quem fala isso, está desviando do assunto, pois isso existe, em leis e decretos. A questão é de implantação", declarou.

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