Governo

Governo Lula está melhor que o de Bolsonaro para 47,9% da população, diz CNT

Por outro lado, 28,6% julgam o governo atual como pior que o anterior; aprovação de Lula se mantém nos 55%

A 160ª Pesquisa CNT de Opinião, divulgada na manhã desta terça-feira (23/1) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está melhor do que o anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para 47,9% dos brasileiros. A aprovação do presidente se manteve nos 55%.

Para 28,6% dos respondentes, porém, a gestão atual está pior que do que a anterior, enquanto 22% consideram que está igual.

Realizada pelo Instituto MDA Pesquisa entre 18 e 21 de janeiro, a pesquisa entrevistou 2.002 pessoas sobre o primeiro ano da atual gestão do governo, e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, além de nível de confiança de 95%.

A avaliação do governo Lula é positiva (ótimo/bom) para 42,7% dos brasileiros, enquanto é negativa (ruim/péssimo) para 27,9%. Ambos os valores representam ligeiro crescimento — de 2% e 1%, respectivamente — em relação à última pesquisa, divulgada em setembro de 2023, embora esses aumentos estejam englobados dentro da margem de erro.

A aprovação do presidente Lula em frente ao governo manteve a marca de 55,2% da pesquisa de setembro, assim como a desaprovação, que se manteve em 39,6%. A aprovação foi maior entre os grupos com idade superior a 35 anos, com renda menor que dois salários mínimos, com ensino fundamental, nordestinos e católicos; enquanto a desaprovação se mostra mais enraizada entre evangélicos, pessoas com ensino superior e renda maior que cinco salários mínimos.

Segundo os respondentes, as áreas com melhor desempenho durante o primeiro ano de governo são economia (para 21,4%) e educação (para 17,2%), enquanto as de pior desempenho são segurança (para 27,4%) e economia (para 25,4%).

Em comparação à pesquisa divulgada em janeiro de 2020 — após o primeiro ano de governo Bolsonaro —, pode-se perceber quedas na percepção de desempenho em relação à segurança (-16 pontos percentuais) e ao combate à corrupção (-25 pontos percentuais).

Expectativas

A pesquisa também levantou as expectativas dos respondentes em relação aos fatores emprego, educação, renda mensal, saúde e segurança para os próximos seis meses.

As áreas de emprego e educação foram as que mostraram maior otimismo, com 42% e 40% dos respondentes acreditando que vão melhorar, respectivamente. Para 24%, o emprego deve piorar, e 32% acreditam que deve ficar igual, enquanto 20% esperam uma piora na educação e 38% acreditam que ela se manterá igual.

A renda mensal deve melhorar, na visão de 36%, enquanto 12% esperam a piora e 49% acreditam que vai ficar igual. A saúde também deve melhorar, segundo 35% dos respondentes, enquanto 22% esperam uma piora e 42% acreditam que se manterá igual.

As visões se dividem mais fortemente quanto à área da segurança. Enquanto 30% dos respondentes esperam uma melhora na área, 29% acreditam que a situação deve piorar. Para outros 39%, a segurança deve continuar igual.

Quanto às ações consideradas mais importantes a serem realizadas pelo governo na área econômica, 51% dos respondentes disseram ser “gerar empregos”, seguido de “controlar o aumento da inflação”, para 27,4%.

*Estagiário sob supervisão de Talita de Souza

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