O deputado e líder da Oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), protegeu e manteve em seu gabinete o assessor Rodrigo Duarte, que tumultuou o final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, concluída em outubro do ano passado. No dia 18 daquele mês, após aprovação do relatório final, Duarte, aos gritos, seguiu senadoras e senadores que, de braços dados, foram até a praça dos Três Poderes. Jordy foi alvo nesta quinta-feira (18/1) da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os atos antidemocráticos.
Ainda no Senado, o assessor, gritando, repetia a palavra "terroristas" e dizia que os parlamentares ali não tratavam o grupo extremista Hamas com essa denominação. Com o tumulto, ele saiu correndo do Senado para a Câmara, com assessores dos políticos e jornalistas atrás dele.
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Jordy, então, ameaçou exonerá-lo, mas recuou. E fez um vídeo a seu lado, dizendo que iria mantê-lo no cargo. E o defendeu.
“Não houve agressão nenhuma. Rodrigo Duarte estava ali fazendo uma filmagem daquela algazarra promovida pelos parlamentares, quando o deputado Rogério Correia do PT, bateu em sua mão e o celular bateu na cabeça da senadora traíra”, disse Carlos Jordy em vídeo publicado no X (antigo Twitter). Ele se referia à senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
“Se não fossem as filmagens, hoje ele poderia até estar preso. Analisando tudo de forma fria e vendo todas as imagens, as pessoas estão me questionando qual será o futuro de Rodrigo Duarte. Ele permanecerá no meu gabinete”, disse o deputado à época.