O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal abriu um inquérito para investigar as denúncias de que existiria um suposto esquema de "rachadinhas" no gabinete do deputado André Janones (Avante-MG).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, em dezembro do ano passado, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que apurasse o caso. Foi aberto um inquérito civil pelo MPF para investigar se houve improbidade administrativa por parte do parlamentar, que é alvo, ainda, de apuração do Conselho de Ética da Câmara.
Janones se defendeu, nesta sexta-feira (12/1), e disse que os denunciantes negaram em depoimentos terem participado ou testemunhado a prática da rachadinha.
“Acabei de receber do meu advogado a notícia de que todos os assessores e ex-assessores envolvidos nas denúncias de rachadinha (inclusive os que me denunciaram) concluíram os seus depoimentos. E adivinhem? Todos eles, absolutamente TODOS, disseram nunca terem praticado ou presenciado a prática da rachadinha em meu gabinete. Além disso, TODOS ELES abriram mãos dos seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos”, escreveu ele no X (antigo Twitter).
Assessores e ex-funcionários de Janones o acusam de encabeçar um esquema de rachadinhas, a partir de 2019, ainda em seu primeiro mandato. A ex-assessora do deputado, Leandra Guedes, supostamente também teria aplicado a prática, após se eleger prefeita de Ituiutaba (MG), em 2020.
Inicialmente, o denunciante Fabricio Ferreira de Oliveira, parte do grupo político de Janones e funcionário do gabinete de fevereiro de 2019 a novembro de 2021, acusava somente o deputado. Ele anexou, contudo, na denúncia uma gravação com outro assessor do parlamentar, Alisson Alves Camargos, em que este afirma que recebia cerca de R$ 10 mil e repassava, mensalmente, quase R$ 5 mil para “eles" (André Janones e Leandra Guedes).
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