O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, criticou a saída de Marta Suplicy da prefeitura de São Paulo para se filiar ao PT, e compor como vice a chapa de Guilherme Boulos (PSol).
“A política com traições é vergonhosa e vexatória. A política não perdoa traidores. Não vale tudo por ‘negócios com o PT’. Voltamos a falar nesse tema em novembro”, disse ele nas redes sociais na terça-feira (9/1).
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também reagiu negativamente ao acordo feito pelo presidente Luiz Inácio Lula de Silva, em reunião no Planalto, para colocar Marta como vice na chapa de Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
Na carta de exoneração de Marta, que era secretária de Relações Internacionais de sua gestão, o atual prefeito alegou “quebra de confiança”. A carta é vista como uma estratégia de marketing da campanha de Nunes, que busca a reeleição.
“Chamei ela, conversamos e vida que segue”, disse Nunes em entrevista à GloboNews. Suplicy, por sua vez, afirma que está seguindo “caminhos coerentes” com sua história política.
A cúpula do MDB minimiza a saída da ex-prefeita, mas a avaliação é que a volta ao PT deverá rachar o partido, tendo em vista os posicionamentos dos últimos anos de Marta, que chegou a votar favoravelmente, quando senadora, ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A campanha de reeleição de Ricardo Nunes tem o aval da cúpula do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. A sinalização é motivo, inclusive, para desconforto, uma vez que o deputado da legenda Ricardo Salles (SP) buscava se candidatar à prefeitura da capital paulista.
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