O presidente do Tribunal Superior Militar (STM), tenente-brigadeiro do ar Joseli Camelo, afirmou que alguns oficiais das Forças Armadas "podem ter simpatizado" com os atentados de 8 de janeiro do ano passado. No entanto, de acordo com ele, não houve um sentimento generalizado de golpe entre os militares, o que mostrou a "robustez" das instituições.
As declarações dele ocorreram em entrevista ao Correio, ao ser questionado se militares de alta patente não teriam facilitado a organização de extremistas para invadir as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado. "Individualmente, pode ser que alguém tenha simpatizado com este ato. Mas institucionalmente não houve participação. Aí é que mostra a robustez da nossa instituição", disse.
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Nas semanas que antecederam as depredações, extremistas se reuniram em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano. No dia dos ataques, desceram até a Praça dos Três Poderes e invadiram os prédios, destruindo vidraças, sistemas de informática, energia, hidráulico, além de promoverem a destruição de obras de arte, plenário do Supremo e salas do Palácio do Planalto.
Joseli foi questionado sobre declarações do ministroda Justiça, Flávio Dino, sobre os momentos posterioresaos atentados. Dino afirmou que o Exército impediu aentrada da Polícia Militar no acampamento para prender em flagrante os participantes dos ataques. "Eu desconheço essa afirmativa dele. Por isso prefiro não opinar", declarou.
Para o presidente do STM, não existem chances de que os militares do Exército, Marinha e Aeronáuticaembarguem em uma tentativa de golpe. "As Forças Armadas jamais embarcariam nesta empreitada. São instituições democráticas, brasileiras, instituições de Estado", completou o militar.
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