ATOS GOLPISTAS

Ministros do STF relembram os ataques golpistas de 8 de janeiro

Integrantes da Suprema Corte ressaltam o fortalecimento da democracia após os atos criminosos do ano passado. Ataques culminaram na destruição dos prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram, nesta quinta-feira (4/8), sobre os atos golpistas de 8 de janeiro — que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. Na próxima segunda-feira (8/1), os ataques completam um ano.

Até o momento, foram condenadas 30 pessoas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Para os integrantes da Suprema Corte, a data não pode ser esquecida e a democracia sai mais fortalecida após o episódio. Confira: 

“O 8 de janeiro mostrou que o desrespeito continuado às instituições, a desinformação e as acusações falsas e irresponsáveis de fraudes eleitorais inexistentes podem levar a comportamentos criminosos gravíssimos. Porém, mostrou a capacidade de as instituições reagirem e fazerem prevalecer o Estado de Direito e a vontade popular” — Luís Roberto Barroso, presidente do STF

“Não esqueceremos o que aconteceu nesse dia, mas a melhor resposta está no trabalho permanente deste tribunal: aos que foram às vias de fato, o processo; aos que mentiram, a verdade; e aos que só veem as próprias razões, o convívio com a diferença” — Edson Fachin, vice-presidente do STF

“Podemos celebrar a solidez das nossas instituições. Nós poderíamos estar em algum lugar lamentando a história da nossa derrocada, mas estamos aqui, graças a todo um sistema institucional, contando como a democracia sobreviveu” — Gilmar Mendes

“8 de janeiro há de ser uma cicatriz a lembrar a ferida provocada pela lesão à democracia, que não há de se permitir que se repita” — Cármen Lúcia

“A brutalidade dos ataques não foi capaz de abalar a democracia. O repúdio da sociedade e a rápida resposta das instituições demonstram que em nosso país não há espaço para atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito” — Dias Toffoli

“A democracia restou inabalada e fez-se presente na punição exemplar contra aqueles que atentaram contra esse ideário maior da Constituição Federal: o Regime Democrático!” — Luiz Fux

“As instituições demonstraram ao longo deste ano que não vão tolerar qualquer agressão à democracia, qualquer agressão ao Estado de Direito. Aqueles que tiverem responsabilidade serão condenados na medida da sua culpabilidade” — Alexandre de Moraes

“A reconstrução rápida das sedes dos Três Poderes trouxe simbolismo maior ao lamentável episódio, revelando altivez e prontidão das autoridades para responder a quaisquer atentados contra o Estado de Direito” — Nunes Marques

“Eventos como esse, independentemente de perspectivas e visões de mundo das mais distintas, não podem ser legitimados e nem devem ser esquecidos” — André Mendonça

“Após um ano dos ataques vis contra a democracia, tenho plena convicção de que as instituições estão mais fortes e, principalmente, unidas. É preciso sempre revisitar o dia 8 de janeiro para que momentos como aqueles não voltem a manchar a história do Brasil” — Cristiano Zanin

“Um acontecimento extravagante, a partir da falha do Estado” — Marco Aurélio Mello (aposentado)

“A data de 8 de janeiro de 2023 representa, por efeito da invasão multitudinária e criminosa nela perpetrada contra os Poderes do Estado, o gesto indigno, desprezível e estigmatizante daqueles que, agindo como delinquentes vulneradores da ordem constitucional, não hesitaram em dessacralizar os símbolos majestosos da República” — Celso de Mello (aposentado)

“200 anos de história não se apagam em poucas horas de vandalismo e irracionalidade. Se o Supremo sobrevive aos estragos materiais e à fúria que lhes deu origem, é porque sua fortaleza não se confina no vidro, na madeira ou na pedra” — Francisco Rezek

 

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