O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o relatório que aponta piora do Brasil no ranking que avalia a corrupção no mundo. O estudo, divulgado pela entidade Transparência Internacional, mostra que o país perdeu dois pontos e caiu 10 posições no Índice de Percepção de Corrupção (IPC) de 2023. O futuro ministro do Supremo Tribunal Fderal (STF) disse ter recebido com “espanto” o documento, o qual chamou de “atípico” e “anômalo”.
“Afirmações bastante exóticas nesse estudo. Eu demonstro aqui que a Polícia Federal continua firmemente, todos os dias, combatendo a corrupção. O que mudou é que pusemos fim à política de espetacularização do combate à corrupção, que é uma forma de corrupção”, declarou Dino.
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O ministro apresentou dados do trabalho realizado pela Polícia Federal para combater a corrupção em 2023. De acordo com as informações divulgadas por Dino, em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (31/1), a PF deflagrou 227 operações, realizou 147 prisões, cumpriu 2.091 mandados de busca e apreensão e apreendeu R$ 897 milhões em bens e valores.
“Quem usa o combate à corrupção como bandeira política é tão corrupto quanto o corrupto. Essa foi a mudança da espetacularização que nós fizemos, mas as operações aí estão”, ressaltou Dino. O ministro disse que mudanças legais também levaram à redução "da banalização da prisão preventiva".
Abaixo da média global
Segundo dados divulgados na terça-feira (30), o Brasil ocupa a 104ª colocação entre os 180 países avaliados pela Transparência Internacional. O IPC é o maior indicador de corrupção do mundo e avalia os países com notas em uma escala entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.
O Brasil alcançou 36 pontos em 2023, o que, segundo a entidade, representa um desempenho ruim, pois coloca o país abaixo da média global, que é de 43 pontos.
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