O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alessandro Moretti, demitido na noite de ontem (30/01), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a investigação interna sobre uso indevido e ilegal do software FirstMile se deu quando ele ocupava a direção-geral interina do órgão, no início do ano passado.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (31/1), Moretti afirmou que "grande parte do material que instrui o inquérito da PF é fruto da apuração conduzida com total independência na Abin".
Moretti é delegado da Polícia Federal e deixou o cargo após a investigação desse órgão citá-lo como quem atuou contra a apuração.
Em uma reunião, em março do ano passado, ele teria dito que a investida contra a Abin tinha "fundo político". Ele também afirmou na nota divulgada hoje que a agência "se encontra em fase de transição, após deixar de ser subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e passar a integrar a estrutura da Casa Civil da Presidência da República".
O ex-diretor apontou ainda que "diversas medidas foram adotadas e muitas outras estão sendo implementadas pela atual gestão para a modernização da gestão da Agência, o que garantiu, inclusive, a citada apuração ampla e independente".
Moretti declarou também que "o conhecimento estratégico difundido pela Abin, indispensável para o país e essencial para a proteção de nossa sociedade, é produzido por profissionais altamente capacitados e compromissados".
O delegado Luiz Fernando Corrêa, chefe da agência, foi mantido por Lula no cargo.
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