O delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues permanecerá no comando da Polícia Federal (PF). Ele aceitou o convite do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que decidiu mantê-lo à frente da corporação quando assumir oficialmente a pasta no lugar de Flávio Dino. A permanência já havia sido sinalizada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição.
O diretor-geral da PF enfrentou uma temporada crítica em seu primeiro ano de gestão. A Polícia Federal precisou concentrar esforços para identificar todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A Operação Lesa-Pátria, que investiga os protestos violentos, já soma 24 fases.
Outro desafio é a elucidação do mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, executada em 2018 no Rio de Janeiro, com o motorista dela, Anderson Gomes.
Ao evitar mudanças na cúpula da PF, o governo busca se contrapôr ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terminou o mandato investigado por suspeita de tentar interferir indevidamente na corporação, loteando cargos de comando, para blindar aliados de investigações.
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A Segurança Pública é encarada como um dos principais desafios do cargo por Lewandowski. O ministro escalou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, para coordenar a área. Em entrevista ao Estadão, o futuro secretário afirmou que o trabalho de combate à criminalidade deve ter como pilares a inteligência e a integração com as polícias estaduais.
Outro nome definido é o do advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, escolhido para ser secretário executivo do Ministério da Justiça. Ele foi assessor de Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF). A chefia de gabinete ficará a cargo de Ana Maria Alvarenga Mamede, que também trabalhou com o ministro na Corte.
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