Um grupo de pelo menos 20 parlamentares bolsonaristas se reuniram nesta quarta-feira (24/1) com o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), e avaliam medidas a serem adotadas contra o que entendem ser "abusos" do Supremo Tribunal Federal (STF). Jordy foi alvo semana passada da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, quando agentes fizeram busca e apreensão na sua residência, em Niterói (RJ), e também no seu gabinete, em Brasília.
Numa manifestação após o encontro, Jordy afirmou que nunca incitou os atos de 8 de janeiro e disse que foi vítima de uma ação "assustadora" da Polícia Federal na sua casa, na busca e apreensão do último dia 18. O parlamentar contou que os agentes bateram na porta do seu quarto gritando.
"Foi assustador. É uma casa de dois andares. Fui acordado às 6h. Os agentes e o delegado pularam a janela, invadiram minha casa. Não foi uma operação padrão como disse o diretor-geral da Polícia Federal (Andrei Rodrigues)", apontou o parlamentar.
No entendimento do aliado de Jair Bolsonaro, a ação contra ele só ocorre em ditaduras. "Somente em ditaduras líderes da oposição são perseguidos. Para incriminar, sei lá, o presidente Bolsonaro. Querem dizimar a oposição. Não sou bandido", completou.
Estratégia
O encontro aconteceu na liderança do PL, na Câmara dos Deputados. Entre os presentes, além de Jordy e vários deputados, além dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição do Senado.
Na convocação dessa reunião nos grupos da direita, Jordy explicou a necessidade do encontro. "A reunião tem como objetivo estudar a estratégia para lidarmos com esses abusos — que aumentarão de tamanho — e ações no âmbito do Legislativo para dar uma resposta ao STF", afirmou o bolsonarista.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br