O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teria reagido negativamente ao acordo feito pelo presidente Lula, em reunião no Planalto na segunda-feira (8/1), de filiar novamente Marta Suplicy ao PT para que ela se una a chapa de Guilherme Boulos (Psol) como vice. Ele teria entregado uma carta de demissão para Marta, que é secretária de Relações Internacionais de sua gestão.
Nunes teria se irritado com a reunião de Marta com Lula e, segundo a rádio CBN, o prefeito alegou “quebra de confiança” para demitir Suplicy. A carta é vista como uma estratégia de marketing da campanha de Nunes, que busca a reeleição.
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Aliados do emedebista afirmam nos bastidores que Nunes teria se sentido traído por uma articulação feita "pelas costas" e que Marta foi uma grande decepção.
Marta Suplicy deixou o PT em 2015 e deverá passar por desconfortos dentro do partido. Na época, ela saiu afirmando que a sigla foi parte de “un dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”, se referindo à Operação Lava-Jato.
Petista por 33 anos, foi deputada federal, prefeita de São Paulo, senadora, ministra do Turismo no segundo mandato de Lula e da Cultura no governo Dilma Rousseff.
Como senadora, votou favorável ao impeachment de Dilma. Marta concorreu à prefeitura da capital Paulista em 2016, pelo MDB, mas ficou em quarto lugar, com 10,14% dos votos válidos. Naquele ano, João Doria, do PSDB, venceu o pleito.
Sobre o atual ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, avaliou ter feito uma “péssima” gestão da cidade.
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