A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), afirmou, nesta segunda-feira (8/1), no ato que marca um ano dos ataques de 8 de janeiro de 2023, que a punição para os envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes não é “revanchismo”. “Não se trata de sentimento de vingança ou revanchismo. É, antes de tudo, um ato pedagógico”, disse a governadora, representando os governadores na solenidade. “Os que atentaram contra a nossa democracia cometeram crime e precisam responder pelos seus atos, respeitando, é claro, o devido processo legal”, disse ela.
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A governadora foi aplaudida ao defender que sejam punidos não somente aqueles que participaram ativamente do quebra-quebra mas, também, “os que financiaram, organizaram, incitaram a tentativa de golpe”. “Por isso, que, com coragem e lucidez, é necessário afirmar, sim: sem anistia”, declarou a governadora potiguar.
Fátima Bezerra avaliou o episódio como “infame”, e considera a cerimônia de um ano do vandalismo um símbolo da “volta à normalidade democrática, do respeito às instituições, da retomada do pacto federativo, da valorização da soberania popular e do repúdio ao autoritarismo, o fascismo e a barbárie”.
Os governadores mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceram à solenidade, que ocorre no Salão Negro do Congresso Nacional, nesta tarde. Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, chegou a sinalizar, na última hora, que viria a Brasília para o ato, mas acabou não aparecendo.
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