Em entrevista ao Correio, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, detalhou o plano de golpistas para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo Rodrigues, o objetivo era tirar o magistrado da condução do processo eleitoral brasileiro.
De acordo com Rodrigues, as mensagens trocadas entre os golpistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia da invasão aos prédios dos Três Poderes, estão sendo analisadas para que haja o reconhecimento dos criminosos. Moraes é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas sequer estava no Brasil no dia da invasão. “Foram trocas de mensagens identificadas pela nossa equipe de investigação, quando da análise de telefones celulares e nuvens. Os investigados queriam afastá-lo (Moraes) da condução do processo (eleitoral brasileiro), além de prendê-lo ou matá-lo”, explicou.
As investigações por parte da PF prosseguem. Os investigadores querem identificar todas as pessoas envolvidas e entender a dinâmica das mensagens, além de apurar se havia ou não a participação de integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no plano — a qual Moraes revelou em entrevista ao jornal. Anteriormente, Rodrigues também explicou a situação em entrevista à GloboNews e, na ocasião, o diretor considerou o caso como "absolutamente grave".
Ameaças
As ameaças foram reveladas por Moraes em entrevista ao jornal O Globo. O ministro contou que os golpistas que participaram dos atos em 8 de janeiro de 2023 pretendiam prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes. Segundo ele, os golpistas desenvolveram três planos com diferentes desfechos.
O primeiro deles previa que as Forças Especiais do Exército prendessem Moraes em um domingo e o levassem para Goiânia. O segundo plano previa que o corpo do ministro seria abandonado no caminho para Goiânia. “Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, contou o ministro.
O outro plano era de idealização de participantes dos atos mais "exaltados" e previa a prisão de Moraes seguida de seu enforcamento na Praça dos Três Poderes. “Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse Moraes.
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