Jair Bolsonaro não estará em Brasília no próximo dia 8 de janeiro, marco de um ano dos ataques aos Três Poderes. A assessoria do ex-presidente afirma que ele estará no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira para um “giro” pelo estado.
Na época dos atos, Bolsonaro também não estava na capital federal, pois viajou aos Estados Unidos dias antes do fim de seu mandato. Ele não passou a faixa presidencial nem participou da posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente foi incluído no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga os ataques, por ordem do ministro Alexandre de Moraes e atendendo um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Bolsonaro entrou na mira da investigação por uma publicação em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro, na qual ele postou um vídeo com desinformação sobre as eleições e que também contestava o resultado das urnas, alegando que Lula não teria sido eleito pelo povo.
A defesa do ex-presidente disse que a postagem foi “acidental” e apagada “poucas horas depois”, demonstrando que o ex-presidente “não pretendeu insuflar qualquer forma de subversão”. Ele chegou a prestar depoimento à Polícia Federal sobre o assunto.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou o ataque de 8 de janeiro terminou com o pedido de indiciamento do ex-presidente no parecer da relatora Eliziane Gama (PSD-MA).
Os ataques serão relembrados em um ato com a presença do presidente Lula, e dos chefes do Judiciários e do Legislativo: Luís Roberto Barroso, do STF, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), da Câmara. É esperado a presença de cerca de 500 autoridades no evento.
Os 38 ministros do governo foram convidados e a mesa da solenidade que ocorrerá no Salão Negro do Congresso contará ainda com a primeira dama, Janja da Silva, com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a segunda-dama, Lu Alckmin; bem como Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Paulo Gonet, procurador-geral da República; Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte; e Rosa Weber, ex-presidente do STF e que estava em exercício à época dos ataques extremistas.
Além da solenidade, o STF irá inaugurar a exposição Após 8 de janeiro: reconstrução, memória e democracia.
Segurança
O Ministério da Justiça e o governo do Distrito Federal anunciaram hoje que, por segurança, a Esplanada será parcialmente fechada e que estão sendo monitoradas possíveis ameaças e manifestações.
O ministro da Justiça em exercício, Ricardo Cappelli, garantiu, no entanto, que não foram identificados indícios preocupantes de algum ataque.
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