O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai trocar os vidros do Palácio do Planalto, em Brasília, por material blindado. A medida, proposta pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, tem como objetivo fortalecer a segurança do edifício após os atos golpistas em 8 de janeiro.
Os vidros blindados serão instalados no térreo do prédio, com custo estimado em R$ 8 milhões, segundo interlocutores do governo. O GSI considera a mudança um reforço sem complexidade, porém eficaz para aumentar a segurança no Planalto. Na avaliação do órgão, a fragilidade dos vidros do edifício colaborou para a sua invasão e depredação durante os ataques extremistas.
A blindagem, porém, depende de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), visto que o Palácio do Planalto é um patrimônio tombado. A assessoria da Presidência da República informou que o GSI busca a permissão para fazer a mudança junto ao Iphan, porém ainda não há uma previsão para a reforma.
No 8 de janeiro, os golpistas bolsonaristas furaram, sem ou com pouca resistência da Polícia Militar (conforme mostram vídeos do dia), o bloqueio de segurança e invadiram, além do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Cerimônia
Lula anunciou, em 20 de dezembro, que vai realizar um ato no 8 de janeiro com a participação dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Supremo, Luís Roberto Barroso, além de ministros de Estado. O petista ainda informou que convidará todos os governadores.
No entanto, os gestores estaduais ligados à oposição não devem comparecer. Embora o Planalto ainda não tenha enviado os convites, governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já adiantaram que não vão conseguir participar do ato.
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