A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) vai receber a Comenda 2 de Julho, que é o maior título honorífico concedido pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Os deputados estaduais aprovaram o pedido de condecoração nesta terça-feira (19/12) em uma vitória para o PL, que conta com uma bancada de apenas quatro parlamentares na Assembleia. Já a Federação Brasil da Esperança, formado por PT, PV e PCdoB, tem 17 representantes. Ao todo, a Alba possui 63 membros.
O estado é governado pelo Partido dos Trabalhadores desde 2007 e deu uma vitória expressiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, com quase quatro milhões de votos a mais do que ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foram 72% dos votos válidos no segundo turno, com vitória do petista em 415 dos 417 municípios baianos.
O pedido de condecoração da ex-primeira-dama foi proposto pelo deputado bolsonarista Leandro de Jesus (PL-BA), que contou ao Estadão que a aprovação aconteceu porque teve muito diálogo e que ele conquistou também votos de parlamentares da base do governador Jerônimo Rodrigues. A votação foi secreta.
A comenda é concedida pelo Legislativo do Estado para pessoas que prestaram serviços relevantes ao estado. Segundo Leandro de Jesus, a honraria para Michelle se justificaria pelos "notórios serviços sociais prestados no território da Bahia na ajuda à população mais carente". A previsão é que Michelle receba oficialmente o título entre janeiro e agosto de 2024.
"Durante o período em que esteve no Palácio do Planalto, Michelle Bolsonaro capitaneou diversas ações em prol de causas de elevada relevância social. Notadamente elenca-se o amparo aos cidadãos baianos portadores de doenças raras, a inclusão de surdos e mudos e pessoas com deficiência em geral, além do acolhimento de refugiados oriundos de ditaduras socialistas e regimes islâmicos residente em Salvador e demais municípios do nosso Estado", disse o deputado.
Nas eleições de 2022, Lula venceu Bolsonaro no Estado por 6.097.815 votos (72,12% dos votos válidos) a 2.357.028 votos para ex-presidente (27,88% dos votos válidos). O desempenho do petista no Estado só não foi melhor do que no Piauí, onde teve 76,84% das preferências do eleitorado. A ampla votação na Bahia se mostrou essencial para a vitória do presidente no pleito, decidido por uma diferença de apenas 2,1 milhões de votos em todo país.
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