A Ordem do Dia do comando da Marinha — que comemora, nesta quarta-feira (13/12), do Dia do Marinheiro — destaca a necessidade de investimentos para reaparelhamento da Força, no momento em que o Congresso Nacional discute o Orçamento da União para o ano que vem. A mensagem à tropa será lida pelo comandante Marcos Sampaio Olsen na solenidade alusiva à data, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a bordo do porta-helicópteros Atlântico, navio de assalto anfíbio que está ancorado no Rio de Janeiro e é considerado a nau capitânia da Esquadra brasileira.
Na mensagem, o comandante Olsen aponta uma “realidade desafiadora” que obriga a Marinha a estar preparada para “antever e contrapor-se a múltiplas ameaças”. Olsen passou o primeiro ano à frente da Armada defendendo a ampliação dos recursos orçamentários no sentido de viabilizar o processo de modernização da frota naval. “A Marinha resiste à marcha da obsolescência dos meios navais” e “insta por reaparelhamento para o eficaz cumprimento da destinação constitucional”, registrou o comandante na Ordem do Dia.
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“Em 2023, em coordenação com órgãos e instituições da Administração Pública Federal, a Marinha buscou iniciativas que visam programação orçamentária com valor mínimo que assegure, no curto e médio prazos, previsibilidade de investimentos para perene e profícua consecução dos Programas Estratégicos”, complementou Olsen, na mensagem à tropa.
Entre esses programas estão o desenvolvimento e construção de submarinos — incluindo um movido à energia nuclear —; de quatro fragatas, que devem ser entregues até 2019; e do Navio Polar Almirante Saldanha, que dará apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz.
Na semana passada, a Marinha desativou o navio Mattoso Maia, iniciando um processo que deve retirar de operação 43 embarcações até 2028. No total, 40% de toda a frota da Armada brasileira serão aposentados, em função da falta de recursos financeiros para manutenção. O almirante Olsen vem defendendo uma dotação orçamentária fixa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para as três Armas.
“A baixa de um meio (o navio Mattoso) sem a correspondente recomposição pode implicar a degradação de capacidades da Força Naval. Desde 2017, houve uma expressiva frustração orçamentária da ordem de R$ 3,3 bilhões, sendo importante buscar a garantia da regularidade nos recursos das Forças Armadas dentro da proposta de sustentabilidade financeira de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), para que o país venha a recuperar as suas capacidades”, declarou Olsen, por nota, na semana passada.
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