Na véspera da sabatina simultânea de Flávio Dino, indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), e de Paulo Gonet, apontado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a dupla circulou pelo Senado, nesta terça-feira (12/12), em uma última tentativa de unir votos.
Ambos serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta (13), e, se aprovados, seguirão para a avaliação em plenário. Dino ressaltou que vem “conversando com todas as bancadas e todos os partidos”. Logo pela manhã ele esteve na liderança do PSD de Rodrigo Pacheco (MG) no Senado.
“Com o PSD debatemos o papel do Supremo, houve questionamentos sobre a relação com o Senado, sobre a própria história do Supremo no Brasil. Conversei um pouco com as senadoras também, especificamente sobre temas relativos à aplicação das leis que protegem as mulheres. Então, tem sido um debate muito bom e tenho certeza que isso vai se refletir no dia de amanhã na sabatina, e também na votação no plenário”, comentou Dino.
O atual ministro da Justiça reafirmou que tem se reunido com “todos aqueles que manifestam abertura para o diálogo”, e antecipou que à noite ainda se encontrará com senadores.
“Eu respeito o fato de que haverá nãos. Isso faz parte da vida democrática. Então, pode ter uma dezena [de votos contrários], pode ter mais, pode ter menos, isso não vai alterar o principal, que é manter uma atitude necessária de respeitar o Senado neste momento, e é o que eu tenho feito”, disse o indicado.
O governo está otimista com a aprovação de Dino. O líder governista no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), estima que o indicado terá entre 48 e 52 votos.
“O nome de Flávio Dino será aprovado e o do doutor Gonet, também. Com votação (Gonet), arrisco dizer, mais folgada. Mas o senador e ministro Dino, que espero que seja o futuro ministro do STF, com votação entre 48 a 52 votos”, disse Randolfe nesta terça. Os indicados precisam de pelo menos 41 votos no plenário do Senado.
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