O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, na tarde deste domingo (10/12), a morte de nove pessoas após uma descarga elétrica causar um incêndio em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Parauapebas (PA).
“Meus sentimentos e solidariedade aos técnicos e aos acampados do Terra e Liberdade, em Paraupebas, Pará, pelo acidente em uma linha de transmissão seguido de um incêndio no acampamento que deixou mortos e feridos”, escreveu o presidente nas redes sociais.
Lula também pediu que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e o presidente do Incra, César Aldrighi, fossem até o Pará acompanhar as apurações do caso. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do acidente.
O desastre ocorreu na noite de sábado (9/12), quando uma antena de internet colidiu com um cabo de alta tensão. A colisão gerou um incêndio que teria atingido barracos no acampamento, dois deles foram destruídos.
Entre as vítimas, seis faziam parte do acampamento e três eram funcionários da empresa de telefonia que faziam a instalação da antena no momento. O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, lamentou a tragédia. “Nesse dia de celebrar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, estamos muito tristes de perder companheiros e companheiras, fruto de não ter um lugar adequado para morar e fruto das dificuldades da vida do nosso povo”, declarou.
Na postagem onde lamenta as mortes, Lula também falou sobre a retomada da reforma agrária no país. "Estamos trabalhando para avançar na retomada da reforma agrária, com a identificação de terras públicas disponíveis, para, após anos de paralisação, dar oportunidade de trabalho e produção para famílias do campo", disse.
Neste domingo (10/12), o MST vai reunir pessoas nas proximidades do acampamento para uma assembleia com os acampados e o ato de solidariedade às famílias. O enterro coletivo das vítimas ocorre na segunda-feira (11/12).
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