Após o agravamento da situação de afundamento de solo em Maceió, causado pela exploração de sal-gema na região pela Braskem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a questão ganhou ritmo e as lideranças partidárias começaram a indicar seus representantes.
Até o momento, segundo fontes disseram ao Correio, foram indicados sete senadores, incluindo o próprio autor da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), dos 11 titulares necessários para a instalação da CPI: Efraim Filho (União-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO), Eduardo Gomes (PL-TO) e Wellington Fagundes (PL-MT). Entre os suplentes estão Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Cleitinho (Republicanos-MG), Leila Barros (PDT-DF) e Jayme Campos (União-MT).
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O PP ainda não indicou membros e os blocos Parlamentar Democracia – composto de MDB, União, Podemos, PDT – e o Resistência Democrática – formado por PT, PSD, PSB – ainda devem indicar um e dois membros, respectivamente.
Com a maioria de indicados alcançados, o colegiado pode ser instalado e a ideia é que isso aconteça na próxima semana, com o começo previsto para o dia 1 de fevereiro, no retorno do recesso parlamentar.
A CPI é articulada por Renan há algum tempo e Omar Aziz é cotado para a presidência da comissão. Calheiros disputa em Alagoas a influência política com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Lira é aliado do prefeito da capital, João Henrique Caldas (PL), o JHC, enquanto Calheiros é próximo de Paulo Dantas (MDB).