Diplomacia

Lula se reúne com presidente e primeiro-ministro da Alemanha

Este é o primeiro encontro a nível de governo entre Brasil e Alemanha em oito anos, em uma tentativa de reforçar os laços entre os dois países. Estão previstas as assinaturas de cerca de 20 acordos bilaterais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta segunda-feira (04/11) com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, no Palácio Bellevue, em Berlim. A visita ocorre após a conferência climática da Organização das Nações Unidas (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Este é o primeiro encontro a nível de governo entre Brasil e Alemanha em oito anos, em uma tentativa de reforçar os laços entre os dois países. Em sua conta no X, antigo Twitter, o presidente disse que foram discutidos os avanços na economia, investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), proteção ambiental e presidência do Brasil no G20.


À tarde, o presidente terá um almoço com o primeiro-ministro Olaf Scholz e permanecerá no país até terça-feira (5). Estão previstas as assinaturas de cerca de 20 acordos bilaterais, relativos ao meio ambiente e mudança climática, agricultura, bioeconomia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação.

A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o quarto parceiro comercial brasileiro no mundo, depois da China, Estados Unidos e Argentina. As relações entre Brasil e Alemanha andam estremecidas há anos, sobretudo após anos de isolamento diplomático do antecessor de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ambos os países pressionam por um acordo comercial rápido entre a União Europeia e o Mercosul, o principal bloco comercial da América do Sul, presidido atualmente pelo Brasil, por ora travado.

Mais de mil empresas da Alemanha atuam em solo brasileiro, entre elas Volkswagen, Mercedes-Benz, Siemens e Basf. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre Brasil e Alemanha chegou a US$ 19 bilhões em 2022. De janeiro a outubro deste ano, as trocas alcançaram R$ 15,9 bilhões.

 

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