Um balanço do primeiro ano de gestão e as projeções para 2024 foram os assuntos principais da última reunião ministerial do ano comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista elogiou a articulação do governo e enfatizou que o diálogo com o Congresso deve seguir entre as prioridades do ano que vem.
"A gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar: conversando com todo mundo, perde alguma coisa, ganha outra coisa, mas estabelecer como regra extraordinária a capacidade de conversação", disse.
Ele também celebrou a mais recente vitória de seu governo. "É importante começar (a reunião) comemorando o feito das aprovações que conseguimos fazer. O feito extraordinário da primeira política de reforma tributária aprovada em um regime democrático no Congresso Nacional", afirmou. Para o petista, a situação do país neste momento é "muito boa" e "excepcional", se for considerada "a realidade que pegamos esse país".
"Começamos o ano com pessimismo de muitos e estamos fechando o ano com o crescimento (da economia) em torno de 3%, com a cotação do dólar declinante, com a inflação declinante, com o desemprego em queda e com o aumento da massa salarial. Portanto, com um ambiente positivo para o Brasil voltar a ser o 2º maior país do mundo com investimentos externos", afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, após a reunião.
O ministro da Comunicação, Paulo Pimenta, comentou que, até maio deste ano, o governo estava na fase de devolver ao país "tudo aquilo que tinha sido tirado". E que, a partir do lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o terceiro mandato de Lula, de fato, começou. "O presidente tinha uma meta no início do governo que era poder devolver ao povo brasileiro todos os programas, todos os principais feitos públicos que, por um motivo ou por outro, deixaram de existir. E isso foi feito", declarou Pimenta. Ao todo, foram 75 programas lançados pelos ministérios ao longo deste ano.
"Agora, 2024 é um ano de entregas. De menos lançamentos, e mais entregas", avaliou o chefe da Casa Civil. Também para o próximo ano, os ministros garantiram que não haverá corte na verba destinada ao PAC — apesar do relatório da Lei Orçamentária Anual (LOA) mostrar redução de R$ 17 bilhões no valor total. De acordo com eles, está sendo articulada uma solução junto ao Congresso Nacional.
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Despedida de Dino em 8/1
A última reunião com Flávio Dino como ministro da Justiça e Segurança Pública foi marcada por elogios e emoções. O presidente Lula parabenizou o futuro ministro do STF pelo trabalho e anunciou a saída dele da equipe ministerial em 8 de janeiro. A data que marca um ano dos ataques aos prédios dos Três Poderes contará com cerimônia especial para "celebrar a democracia", segundo anunciou o presidente.
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