O senador e líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), anunciou, nesta segunda-feira (18/12), em Macapá, que voltará ao PT após quase 19 anos. O parlamentar era, até maio deste ano, filiado à Rede Sustentabilidade, mas deixou a legenda da ministra Marina Silva, e estava sem partido desde então.
A saída de Randolfe do partido de Marina se deu por causa das posições opostas em relação à exploração de petróleo na Foz do Amazonas, que beneficia economicamente o Amapá, mas enfrenta oposição de movimentos ambientalistas que têm o apoio da Rede e da atual ministra do Meio Ambiente. Na época, o parlamentar criticou a decisão do Ibama de barrar a licença para que a Petrobras iniciasse a perfuração de poços exploratórios.
"A decisão do Ibama contrária a pesquisas na costa do Amapá não ouviu o governo local e nenhum cidadão do meu estado. O povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas", postou Randolfe, em maio, nas suas redes sociais.
O anúncio do retorno ao PT — inesperado — foi feito na cerimônia de entregas de imóveis do programa Minha casa, minha vida na capital do Amapá, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Randolfe era sondado por outros partidos, como o PSB e o MDB, mas não tinha dado sinais de que tomaria uma decisão ainda neste ano.
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“No início deste ano, foi necessário um desligamento partidário meu. Me perguntam, presidente (Lula), qual a minha escolha partidária. Eu lhe respondo, em primeira mão, para o senhor e para todos os que estão ouvindo: o meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula onde o partido de Lula estiver, porque estou ao lado da maior liderança política da história desse país”, discursou o senador no evento, falando diretamente ao presidente.
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